O que para um é supérfluo representa para outro o necessário e, reciprocamente, de acordo com as posições respectivas.
Conforme às vossas ideias materiais, aos vossos preconceitos, à vossa ambição e às vossas ridículas extravagâncias, a que o futuro fará justiça, quando compreenderdes a verdade.
Não há dúvida de que aquele que tinha cinqüenta mil libras de renda, vendo-se reduzido a só ter dez mil, se considera muito desgraçado, por não mais poder fazer a mesma figura, conservar o que chama a sua posição, satisfazer a todas as paixões, etc. Acredita que lhe falta o necessário. Mas, francamente, achas que seja digno de lástima, quando ao seu lado muitos há, morrendo de fome e frio, sem um abrigo onde repousem a cabeça?
O homem criterioso, a fim de ser feliz, olha sempre para baixo e não para cima, a não ser para elevar sua alma ao infinito.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – 76a. ed. - Kardec. (Paris, 18-4-1857) página 428 questão 923.
Mediante a organização que nos deu, a Natureza traçou o limite das nossas necessidades. Mas o homem é insaciável. Os vícios lhe alteraram a constituição e lhe criaram necessidades que não são reais.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS – 76a. ed. - Kardec. (Paris, 18-4-1857) página 342 questão 716.
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